Saí da sala de cinema devastada, perdida ainda pelas ruas labirínticas da chuvosa Manila, sustendo a respiração à chuva, de mãos dadas com as daquelas avós cuja dignidade se revela em cada passo, na luta que travam pelas suas famílias. Uma história de compaixão e perdão que torna as duas avós, aparentemente frágeis, em verdadeiros exemplos de uma heróica força interior.
A respeito desse realismo, dessa naturalidade no cinema, Brillante Mendoza diz à Ípsilon: “Os planos com cenas de chuva e de vento misturam artifício e realidade, sim", confirma o realizador. "Não estou a perder o que desenvolvi antes, ou seja, esse sentimento de verdade do cinema. Estou a trazer algo de novo ao meu cinema. E alguns efeitos existem para tornar as coisas mais eficazes. Mas, tal como nos outros meus filmes, também aqui não ensaiei com os actores, a não ser questões técnicas. Digo-lhes para fazer o que têm a fazer e filmo-os.”
Um autêntico hino ao cinema. Adorei.
Eu também. Estás a tornar-te perita em sinopses cinematográficas. :)))
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