Os meninos de bolso vivem resguardados num pequenino mundo paralelo em forma de algibeira, daquelas onde, prudentes, transportamos as coisas mais valiosas .
Estes meninos não querem crescer, como os adultos cheios de tiques e tremeliques, para não perderem a vontade de sonhar, imaginar, rir, criar, conhecer, espreitar, explorar, arriscar.
Então fugiram para um bolso de um camiseiro de um avô-contador-de-histórias, esquecido num guarda-fatos tão antigo cujas portas já chiavam.
Fundaram uma comunidade secreta de contos, gargalhadas e brincadeiras.
Com o passar do tempo foram aparecendo meninos de terras distantes, com malas, animais de estimação e frutas predilectas, tamanhos, feitios, cores e peculiares formas de olhar o mundo.
Cristina Ruivo e Bruno Sousa Villar
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