de um azul porcelana

Como as veias que percorrem a minha pele também eu serpenteio em várias direcções, sem mapa, sem rota, expandindo-me apenas para deixar fluir o sangue.

Como o sangue que percorre as veias da minha pele também eu procuro encontrar um percurso, um trajecto sólido, firme e profundamente vincado.

Mas esse percurso teima em cortar a pele, e as cicatrizes dessa caminhada são agora de uma seda fina e quebradiça, sinais anémicos que ameaçam por vezes não conseguir estancar o sangue.

São testemunhos da minha matéria, o meu azul porcelana, ténue, frágil e hesitante.

5 comentários:

  1. Espero que acompanhes o profundo início e desenrolar do blog! =) * muaka

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  2. isto é giro à brava!*sonia

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  3. Gosto de te ver por aqui! Passarei a ser leitura assídua! Muitos beijos!

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