Skinhead Attitude (2003), excelente documentário do suíço Daniel Scweizer, apresenta a história do movimento skinhead desde a sua origem na Jamaica, passando pela cena pós-punk em Inglaterra, pelo movimento dos mods (modernists), amantes da música negra norte americana (soul, r&b) e jamaicana (ska) – e pela divisão política que gerou, nos anos 80, duas facções: uma racista – os boneheads da extrema-direita neo-nazi; outra anti-racista – os Sharp e os Rash (skins anarquistas ou comunistas).
O documentário inclui testemunhos de músicos e de elementos da cena skin da Europa, dos Estados Unidos e do Canadá, abordando os confrontos violentos entre as duas facções, responsável por algumas mortes, e a ligação a uma violenta organização neo-nazi de origem britânica, a Combat 18 (C18), associada ao movimento de propaganda neo-nazi Blood & Honour.
O documentário consegue esclarecer as origens de um movimento que, progressivamente, foi sendo relacionado com cena neo-nazi, mostrando-nos o quão incorrecta é essa associação, uma vez que na sua génese imperava o espírito de tolerância e união, princípios que os skinheads tradicionais ainda defendem).
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