(fonte:blitz.aeiou.pt)
Dias antes apeteceu-me ouvi-la, coloquei o CD na aparelhagem mas, de tanto o ouvir, deu um erro. La Llorona estava riscado. Não a ouvi nesse dia, mas recordei o seu concerto de 2004 em Lisboa e voltei-me a emocionar ao descrever o deslumbramento em que a ouvi homenagear Amália Rodrigues com o fado Meu Amor, Meu Amor, escrito por Ary dos Santos.
Lhasa de Sela morreu dias depois.
A ela, de Lisboa, deixo Amália.
A ela, de Lisboa, deixo Amália.
Meu amor, meu amor
Meu corpo em movimento
Minha voz à procura
Do seu próprio lamento
Meu limão de amargura
Meu punhal a crescer
Nós parámos o tempo
Não sabemos morrer
E nascemos, nascemos
Do nosso entristecer
Meu amor, meu amor
Meu pássaro cinzento
A chorar a lonjura
Do nosso afastamento
Meu amor, meu amor
Meu nó de sofrimento
Minha mó de ternura
Minha nau de tormento
Este mar não tem cura
Este céu não tem ar
Nós paramos o vento
Não sabemos nadar
E morremos, morremos
Devagar, devagar
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