Alguns de vocês conhecem o meu espanto por céus e não estranham que pare na rua a comentar as nuvens.
Hoje, enquanto descarregava o carro com uma pilha de caixotes, vi um rapazinho muito pequeno, pasmado a apontar para a púrpura do pôr-do-sol.
- Ó mãe, anda mais devarinho! Olha o céu está mesmo mesmo lindo!
- Vá, agora não, anda rápido que já estamos mas é atrasados.
Porque não agora, mãe? Pudera eu ter coragem para desautorizar aquela mãe-acelerada, desencantada, e contemplar com o rapazinho aquele fabuloso céu. Em casa fui à varanda vê-lo melhor e, apesar da pressa, do vento e da fome, permaneci por ali algum tempo sentada.
Estava mesmo mesmo lindo, puto!
a minha pequenina sempre adorou olhar para a lua antes de ir dormir. Mas agora que mudaram de quarto, já não vêm a lua da janela. Então ela criou um outro ritual: todos os dias de manhã a primeira coisa que faz quando acorda é dizer-me ainda com os olhos fechados:
ResponderEliminar-Anda mãe, anda beri a bola. Anda beri a bola do céu.
Desde há uma semana para cá, todos os dias, às sete e um quarto ficamos a ver o sol laranjão nascer. Ela fica extasiada.
Beijinhos
Pois é querida amiga as crianças têm a capacidade de se encantar com coisas simples como um céu vermelhão ou uma nuvem que parece ter a forma de qualquer coisa. Pena é que os adultos não tenham essa capacidade. Se em vez de adultos tivéssemos “meninos crescidos” seria possível, ao fim da tarde, encontrar grandes e pequenos a contemplar calmamente o por do sol. Matisse dizia. “para se ser homem, é preciso permanecer criança toda a vida” e eu acho que ele tinha alguma razão… beijo (mãe da Caracolinha)
ResponderEliminarConcordo absolutamente com Matisse!
ResponderEliminarBeijo enorme