Serviu a irritação de ter que percorrer, em zigue-zagues, entre encontrões e pisadelas, o matagal de cinquenta mesinhas de cabeceira gigantes com gavetas em vidros repletos de reflexos, para conhecer e reconhecer o trabalho de alguns ilustradores. Entre os reflexos - existem vidros anti-reflexo, mais caros, certamente, mas que concederiam maior dignidade aos trabalhos expostos -, os livros que desaparecem das mesas e as pessoas que espreitam por cima do nosso ombro a gaveta que abrimos, sinto que a exposição precisa de uma segunda visita bem mais calma. Na verdade, já há dois anos tive esta mesma péssima experiência, que depois vim a constatar ter irritado muito gente também: vidros espelhados em mil reflexos que empobrecem as obras e os pormenores que queremos desvendar.
A exposição inicia-se com a mostra do trabalho de Martin Jarrie, pintor e ilustrador infantil.
Seguem-se os artistas em competição, entre os quais tenho que destacar alguns.
O doce mundo de Simone Rea, que ganhou uma menção especial pelo seu fabuloso "Esopo Favole":
"Un estomac dans des talons - Une Petite Histoire D'Appetit Et De Sushi", escrito e ilustrado por Anna Boulanger:
As curiosas técnicas de Annalisa Bollini :
A encantadora edição de autor de Lili Gartner "Night of the bear":
A doçura de Kaatje Vermeire, uma das autoras presentes na exposição que mais gostei de conhecer:
E os extraordinários desenhos de Michael Roher no livro "6,7,8 Gute naicht" :
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