Em “As Quatro Voltas” (2010), o milanês Michelangelo Frammartino conduz-nos a uma experiência ausente de discurso.
Há dias, entre conversas, eu e uma amiga focámo-nos na impossibilidade da transmissão pura de uma experiência sensorial ou emotiva. Uma vez que a linguagem implica a racionalização das emoções, este processo deixa aquém a essência de cada sensação experimentada. No fundo, entre a impressão e a comunicação existe uma impossibilidade infinita do extravio da mensagem!
No filme, entre os ciclos da vida e ritmo da natureza, não há lugar para a linguagem, apenas à contemplação.
Palavras para quê?
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