este meu azul porcelana





Como as veias que percorrem a minha pele também eu serpenteio em várias direcções, sem mapa, sem rota, expandindo-me apenas para deixar fluir o sangue.
Como o sangue que percorre as veias da minha pele também eu procuro encontrar um percurso, um trajecto sólido, firme e profundamente vincado. Mas esse percurso teima em cortar a pele, e as cicatrizes dessa caminhada são agora de uma seda fina e quebradiça, sinais anémicos que ameaçam por vezes não conseguir estancar o sangue.
São testemunhos da minha matéria, o meu azul porcelana, ténue, frágil e hesitante.

3 comentários:

  1. Lindo! O texto e a ilustração... gosto muito do novo cabeçalho também :)

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  2. Obrigada Ana! É bom ter palavras de força quando a desmotivação, por vezes, teima em se instalar! Um grande grande beijinho*

    Obrigada Bruno*

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