John Everett Millais, "The Boyhood of Raleigh", 1870
Ansiavam retomar ao tempo em que os artistas eram mestres artesões sinceros e fiéis à obra de Deus e à Natureza, empenhando-se em retratá-la de forma simples e concreta, sem as formas e regras predefinidas da pintura académica. Deste modo, cabe ao artista a criação de obras que sejam simultaneamente naturais e espirituais, úteis e belas, devolvendo à arte a sua pureza e autenticidade. Procuravam a beleza poética que envolve a espiritualidade, o que resulta em imagens repletas de pormenores, frequentemente simbólicos, com o traço fluído e cores luminosas, esmaltadas. Nas suas obras predominam as cenas românticas ou eróticas aliadas a uma alguma inocência. Ao contrário do ideal vitoriano da mulher frágil e dócil, as mulheres pré-rafaelitas surgem com atitudes misteriosas e indiferentes.
Inspirados na técnica do pintor realista William Dyce (1806-1864), os pré-rafaelitas dedicavam-se principalmente à pintura, mas também à poesia, à fotografia e à crítica de arte. Apreciadores dos poetas John Keats e Alfred Lord Tennyson, o grupo lança em
Além dos artistas fundadores, foram integrados na fraternidade o pintor James Collinson, o escultor Thomas Woolner e os críticos W.M. Rossetti e Frederick George Stephens.
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