Em dias da fast-porcelain, dos packs de pratos quebradiços, copos frágeis, mas empilháveis, e da trágica falência das fábricas de cerâmica em Portugal, abriu aqui por perto um espaço para venda ao público de artigos em segunda-mão como forma de angariar fundos para terminar as obras da igreja local. Aqui são cedidas belíssimas peças de louça, livros, revistas, bijutaria, roupa, candeeiros para venda a preços simbólicos.
Foi lá que encontrei um fabuloso conjunto de café da SECLA constituído por cinco chávenas, leiteira, açucareiro e bule. Encontrei ainda copos para água e licor Made in Portugal, cujo vidro possui cores e reflexos já difíceis de encontrar.
Em dias da produção em série, da falta de qualidade e dos preços acessíveis torna-se fácil comprar e renovar as louças e utensílios lá de casa. Tudo é efémero.
Mas há peças que resistem a este ritmo e ao passar acelerado do tempo. Peças que povoam as nossas memórias de infância como as caixinhas de toffees da Quality Street onde a minha avó guardava os botões, as agulhas e os alfinetes.
O conjunto da SECLA é lindíssimo!
ResponderEliminarAinda que acabemos por ceder à produção em série (pela facilidade e pelo preço...) o certo é que só a qualidade sobrevive à passagem do tempo.
eu tenho uma caixa de mackintosh's toffees :)
ResponderEliminarde repente veio-me o cheirinho a rebuçados do louceiro da minha avó... aquele diamond qualquer coisa, deliciosos, transparentes e de várias cores... hum...
ResponderEliminar