chove em Santiago, meu doce amor


Chove en Santiago
meu doce amor.
Camelia branca do ar
brila entebrecida ô sol.

Chove en Santiago
na noite escrura.
Herbas de prata e de sono
cobren a valeira lúa.

Olla a choiva pola rúa,
laio de pedra e cristal.
Olla o vento esvaído
soma e cinza do teu mar.

Soma e cinza do teu mar
Santiago, lonxe do sol.
Agoa da mañán anterga
trema no meu corazón.

"Madrigal á cibdá de Santiago", Garcia Lorca

Morreu o meu avô galego. Choro a sua morte como chorei há uns anos a do avô do meu sangue, com o mesmo desgosto, a mesma ternura, a mesma saudade. Choro triste o seu desaparecimento pois já distingo claramente o pulsar nas minhas veias do seu, do vosso sangue.
Hoje o meu caminho teria como único destino Santiago de Compostela. Gostaria de estar aí contigo.

1 comentário:

  1. És mesmo deste sangue. Sabes bem disso.
    Um beijo muito grande, e obrigado por tudo. *

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